E lá vou eu, falar a besteira que todo mundo sabe.
Pra quem não ficou sabendo, o #JumpWeekend é um projeto aonde vários blogueiros comentam sobre diversas séries da revista Shonen Jump. E eu estou aqui, singelamente fazendo minha parte para comentar uma das séries desvalorizadas que surgiu nessa revista: Buso Renkin.
Buso Renkin é um mangá criado pelo autor Nobuhiro Watsuki, o mesmo de Rurouni Kenshin. A série foi inicializada em 2003 e vindo a ser cancelada em 2006, com 80 capítulos e 10 volumes
O mangá começa quando o adolescente Kazuki Muto tenta salvar uma garota que estava prestes a ser atacada por um monstro. Mas acaba morto, e pensa que tudo não passou de um pesadelo. No dia seguinte, ele leva sua vida normal, indo para a escola com seus amigos e sua irmã, mas acaba entrando atrasado e esquecendo sua mochila. Como punição, ele teria que ficar no colégio até tarde. Sua irmã, Mahiro, fica preocupada e vai até o local aonde Kazuki estava para ver se estava tudo bem.
Quando ele finalmente acaba o seu serviço, Kazuki é atacado pelo mesmo monstro da noite anterior, e sua irmã é acidentalmente envolvida nisso e acaba sendo comida (sem malícias) pelo monstro. Enquanto fugia, Kazuki percebe uma estranha ligação em seu celular: era a garota da noite anterior. Ela se apresenta como Tokiko Tsumura e explica tudo para Kazuki, sobre o monstro (que na verdade se chama Homúnculo, um ser criado através da alquimia e que só pode ser derrotado através dela), e também sobre o seu suposto sonho: ele realmente foi morto e foi ressuscitado por um objeto estranho, chamado Kakugane. A kakugane é, na verdade, um equipamento utilizado por alquimistas que, quando usada, se transforma em uma arma – intitulada Buso Renkin-, para poder lutar contra os homúnculos. Em seu momento de fúria, Kazuki ativa a sua arma (que contém a forma de uma lança) e derrota o homúnculo em um golpe, salvando assim a sua irmã.
Ok, esse prólogo parece pouco atrativo para muitos, certo? Pois bem, eu tive essa mesma impressão quando fui ler o mangá. Mas me surpreendi. Apesar de parecer com que os fatos sejam jogados em sua cara sem nenhum planejamento (o próprio autor admite isso), nós vemos certa ligação entre tudo na obra, o que me agradou muito. A obra em si coloca várias coisas que são colocadas as pressas, o que prejudicou um pouco, mas é bastante compreensível, vendo que a obra foi cancelada e que estava com seus dias contados.
O traço do mangá é muito bonito (pra variar), com todas as características que o Watsuki tem. Podemos ver um grande avanço em suas técnicas desde o seu primeiro mangá, mas isso é completamente natural (exceto para um certo mangá de cavaleiros de Atena, não é Kurumada?). Apesar de alguns personagens serem cópia dura de outros (oi Orihime, como vai a sua irmã Mahiro?), os designs são bem legais. Porém, o que deixa qualquer um de boca aberta são os detalhes de todos os Buso Renkins, feitos com capricho e características próprias de cada usuário, dando um carisma bem legal.
Sobre os personagens, nada a declarar. Não são ruins, mas não tem nada de extraordinário, apesar de terem os seus destaques, como Tokiko (a guerreira overpower, com seus toques de caminhoneira se é que me entendem), Shuusui(o espadachim fodão que tem uma irmã com os mesmos propósitos e mudou para o lado azul da força) e Papillon (um cara que veste uma roupa preta bem apertada e uma máscara de borboleta). Aliás, ainda falando sobre, eu gostei bastante de alguns personagens trazerem características da obra mais popular do autor, podendo citar a Buso Renkin do Shuusui (ela se chama Sword Samurai X, nome de Rurouni Kenshin por essas terras), a Tokiko enfaixada ala Shishio e as semelhanças da mesma com o Kenshin.
Buso Renkin é um ótimo mangá que cumpre o seu principal objetivo: entreter o leitor. Não é a melhor obra sobre o tema que você vai encontrar (nem preciso dizer qual é, né?), mas tem várias qualidades positivas. Infelizmente, foi uma série que começou a emplacar no momento em que já estava com seus dias contados, mas ainda sim, conseguiu ter um final decente (apesar de corrido). Ah, e se quiser ter o mangá em mãos, a editora JBC lançou o mangá em uma qualidade bastante legal, vale a pena conferir.
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